Menu

domingo, 28 de outubro de 2012

Capítulo 6 - Blood On The Dance Floor : "Superfly Sister"





3.                SUPLERFLY SISTER
 
(Escrita e composta por Michael Jackson. Composta por Michael Jackson e Bryan Loren. Produzida por Michael Jackson. Arranjo dos vocais: Michael Jackson. Programação de bateria: Bryan Loren. Gravada por Richard Cottrell e Dave Way. Mixagem por Dave Way. Vocais líder e background: Michael Jackson. Condução e ritmo de guitarra: Bryan Loren. Teclado e sintetizador: Bryan Loren)
 

Depois do ataque industrial de “Morphine” vem o funk, que soa mais vintage anos oitenta de “Superfly Sister”, que tem sido comparada aos clássicos grooves de Prince e Rick James. “Quando nós começamos a trabalhar [juntos]”, recorda o co-compositor da música, Bryan Loren, “era minha esperança retornar à forma de sentimento que você tem em Off The Wall ou mesmo Thriller LP, quando havia um sentimento muito orgânico sobre o conteúdo”. Marcando seis minutos e meio, “Superfly Sister”, amplamente, alcança esse objetivo, misturando um sólido groove com harmonias suaves e produção luminosa, brincalhona. Sonoramente, fornece um forte contraste entre a austeridade industrial da faixa anterior. Mas tão funky e dinâmica quanto essa música pode ser, a canção continua o incisivo comentário social de Blood on the Dance Floor.
 
Na verdade, em um gênero e clima musical caracterizado por hipersexualidade, “Superfly Sister”, impetuosamente, subverte tais expectativas, expondo os riscos e ilusões das obsessões favoritas do mundo. “Amor não é o que costumava ser”, ele canta, repetidamente, no refrão, “Isso é o que eles estão me dizendo/Empurre e estique/ Não é sobre nada disso”. Não é nenhum típico refrão pop por, de jeito nenhum. 
Mas a letra é tudo menos puritanismo de uma Testemunha de Jeová. Na letra, às vezes, brincalhona, às vezes, sarcástica e, frequentemente, contundente de Jackson, o alvo da crítica dele não é sexo em si, mas imprudência e hipocrisia que cerca isso. É sobre engano e infidelidade – comportamento que Jackson tem testemunhado toda a vida dele. A contínua promiscuidade do pai dele, em particular, e a profunda dor que isso causou a mãe dele o enfureceram. Ele viu o mesmo padrão destrutivo nos relacionamentos dos irmãos. “Mãe está pregando Abraão”, Jackson canta, “Irmãos, eles não dão a mínima”. A música também indica o controle e abuso que as irmãs dele sofreram com maridos dominadores e exploradores. “Irmã se casou vendada/ Dizendo que ela ficaria bem/ Santa Maria Misericórdia de mim/ Eu não posso acreditar nas coisas que eu vi.” A música demonstra a crescente desilusão de Jackson sobre casamento e amor. 
 
É claro, além da leitura biográfica, a música pode, também, ser interpretada mais amplamente como se referindo a outras ramificações de sexo descuidado, incluindo AIDS, aborto e gravidez adolescente. Certamente, não é uma coisa popular para proclamar em uma cultura que prospera em uma glorificada (mercantilizada) sexualidade sem consequência. A moderna lamentação de Jackson pela desilusão do verdadeiro amor e comprometimento é tão corajosa quanto única.

 


0 comentários:

Postar um comentário