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domingo, 7 de outubro de 2012

Iconic Magazine: Entrevista Exclusiva com David Nordahl (1 parte)


ICONIC MAGAZINE

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM DAVID NORDAHL

 
 

Traduzido por Daniela Ferreira para o blog The Man in the Music.

Fonte: Iconic magazine, edição de agosto de 2012.
 

 













David Nordahl, um autoretrato.



IM: Iconic magazine

DN: David Nordahl

  

Nascido em 1941, David Nordahl cresceu em uma fazenda em Minessota, desenhando e pintado desde a tenra idade.

Em 1978, David começou a pintar o Apache. De todas as tribos americanas nativas, a Apache continua sendo a menos conhecida e compreendida.

Em 1988, David começou a pintar para Michael Jackson. Juntos, eles criaram quadros e planos para um parque de diversões e atrações em Las Vegas. Este produtivo relacionamento continuou até Michael morrer em 2009.

David, agora, vive em Santa Fé, Novo México, e continua a pintar o Apache, assim como povo fantasia e animais. As pinturas dele podem ser encontradas em museus e coleções particulares nos Estados Unidos e muitos outros países estrangeiros.

IM: Bom dia, David! É uma honra falar com você! Eu sou um grande fã do seu trabalho. Como Michael descobriu sua arte e o contatou pela primeira vez?

DN: Eu tinha uma pintura no escritório do diretor cinematográfico, Steven Spielberg, O escritório dele me disse para esperar a ligação de outro ator e, duas semanas mais tarde, eu recebi a ligação de uma assistente pessoal. Ela me disse que o chefe dela, que eu supus ser um destes atores, queria ver minha arte, assim, eu enviei as fotos do meu trabalho terminado. Eu estava trabalhando tarde em um anoitecer e o telefone tocou à meia noite. Eu pensei que fosse uma emergência; normalmente a pessoas não ligam a essa hora da noite. A voz do outro lado disse: “Aqui é Michael Jackson”, e eu pensei, nem, não pode ser! Ele disse obrigado por enviar a fotos e, daí, eu entendi que foi a assistente pessoal dele quem pediu. Nós conversamos por cerca de uma hora àquela noite e ele me perguntou se eu dava aulas de pintura. Eu disse que não, mas ele perguntou se eu não daria aulas de pintura a ele. Eu disse a ele que eu tinha que pensar sobre isso, porque eu estava no meio de uma pintura para outra exibição. Eu vi na TV que ele estava em turnê, em Kansas City, em fevereiro de 1988, portanto, eu pensei que eu não o ouviria por algum tempo, já que ele estaria ocupado em turnê. Mas a assistente pessoal dele, Julie, ligou-me e de volta para perguntar se eu tinha pensado sobre a proposta e eu disse sim, eu adoraria fazer isso! Daí, ela me deu uma lista das cidades, onde ele estaria, e eu escolhi Denver, porque era muito próxima a mim. Assim, eu peguei minhas coisas de pintura, minha cadeira, e o equipamento de desenho enviei para Denver. Eu cheguei lá três dias antes do concerto e nós passamos três dias juntos, fazendo compras, desenhando, e fazendo todo tipo de coisa. Quando eu fui para o hotel pela primeira vez, Julie ligou e perguntou se estava tudo bem em Michael descer. Eu disse claro, e ele veio com dois guarda-costas. Eles ficaram conosco por um tempo para ver como nos dávamos, depois eles se foram. Nós nos divertimos! Ele era muito divertido.

IM: Qual foi a pintura que Michael notou no escritório de Spielberg?

DN: Era uma pintura irregular de cavalaria que impressionou Michael. Nós fizemos algum trabalho juntos, mas isso foi, inicialmente, um encontro e uma felicitação. Eu penso que ele realmente queria passar algum tempo comigo para ver minha opinião sobre arte e que tipi de pessoa eu era. Ele estava sendo cuidadoso.

IM: Quais pinturas você fez para ele, primeiro?

DN: Eu não sei realmente, agora, houve muitas! Meu trabalho não era limitado a pinturas, eu desenhava muitas atrações para temas de parques e atrações de Las Vegas, também. Michael tem uma participação em quase todos os hotéis que foram construídos lá!

IM: Isso é louco! Michael, na verdade, pousou para você?

DN: Não. Eu tentei uma vez, para a pintura “Fields of Dream”. Eu contratei um fotografo que veio ao rancho para tirar fotos de Michael. Mas Michael ficava engraçado em frente à câmera, ele não parecia natural, ele não se sentia à vontade. Portanto, eu acabei produzindo todas estas pinturas dele.

IM: Você fazia de memória?

DN: Eu usava fotos de revista para o rosto e o corpo dele.

IM: Nós realmente pensávamos que ele posava para você. Era difícil capturar Michael? Pegar o que você queria expressar?

DN: Não, realmente, eu passava muito tempo com Michael. Isso é importante quando você vai pintar retratos de alguém, entender quem eles são, o que eles fazem, a personalidade deles, e ficar confortável com eles. Ele nunca rejeitou nada, ele gostou de tudo que eu fiz.

IM: Ele requereu comissão de alguma dessa pintura?

DN: Claro! A maioria dos projetos que nós desenvolvemos, fizemos juntos. Eu tinha ideias, ele tinha ideias e isso era sempre uma colaboração. Era maravilhoso trabalhar come ele. Ele exigia perfeição, exatamente como na música dele. Eu me lembro de que ele estava em uma sessão de gravação em L.A., na Sunset Boulevard, eu estava afazendo um projeto para ele, naquela época, e estava no Hilton. Ele em ligou logo depois da meia noite e me pediu para trazer meus desenhos para ele no estúdio de gravação, então eu os levei em uma maleta. Quando eu cheguei, Michael me chamou para uma sala pequena e me disse: “Eles todos estão com raiva de mim!” – Slash estava lá, todos estes caras que costumavam determinar uma faixa, na primeira vez, e Michael trabalhava em uma faixa várias vezes! Michael sempre disse que isso tinha tão perfeito quanto pudesse ser e aqueles caras estavam irritados com isso! Quando eu parti de volta ao hotel, a maleta parecia muito pesada. Eu abri e toneladas de chiclete estavam lá! [Gargalhadas]. Ele faria coisas assim, você sabe! Pessoalmente, eu não sei como ele conseguiu tanto chiclete! Ele era um brincalhão! Você tinha que ser cuidados quando estava perto dele.