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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Michael Jackson Continua Sendo Fenômeno Mundial (Continuação)


Michael Jackson Continua Sendo Fenômeno Mundial
 
 
ÍNDIA:


Para muitas pessoas na Índia – um mercado onde repertório internacional contam apenas 5% das vendas físicas de música – Michael Jackson é pop ocidental.

Sozinho entre os artistas ocidentais, a popularidade dele não se limita aos índios urbanos de língua Inglesa. Entre a juventude rural do paí, a celebridade dele compete com as estrelas Bollywood por uma razão: a marca registrada dele, os passos de dança.

"Qualquer um que dança bem é comparado a Michael Jackson", disse Nikhil Gangavane, que fundou o fã clube oficial de Jackson na Índia, com 13 mil membros. "O moonwalk fez Michael chegar das classes às massas na Índia”.

A maneira como Bollywoodapropriou os movimentos e estilo de Jackson conectou os fãs indianos de Jackson. "Os atores, coreógrafos estabelecidos, compositores aspirantes, as crianças nos shows de dança – todos emprestaram  ideias", diz a estrela de hip-hop, nascido britânico Hard Kaur, agora uma estrela de Bollywood.

Atores indianos, Javed Jaffrey de Hrithik Roshan, dizem que foram inspirados pela dança de Jackson. E a indústria do cinema indiano do sul ainda usa rotinas no estilo Jackson, graças à influência de bailarinos e coreógrafos como Prabhu Deva, conhecido como “Michael Jackson da ìndia”, pelos movimentos extremamente rápidos.

O registrou de vendas de música de Jackson também são significativos. Arjun Sankalia, diretor-associado da Sony Music Entertainment na Índia, diz que a edição de 25 º aniversário de "Thriller" vendeu 15 mil cópias. A versão inicial do álbum vendeu mais de 100 mil, de acordo com Suresh Thomas, ex-gerente da agência da região sul para a CBS Índia, uma joint venture entre a Tata Group, da Índia e CBS América. "Bad", que tinha um cartão embutido traduzido para as línguas regionais, vendeu 200 mil. Nenhum dos totais inclui os milhões de versões piratas que foram vendidas.

Jackson provou a popularidade no subcontinente com um show que ele realizou na Índia – 01 de novembro de 1996, no Complexo de Mumbai Andheri Sports. A lptação de 70.000 lugares vendidos foi organizado pelo Shiv Sena, partido político do líder Raj Thackeray,  para levantar fundos para gerar empregos para os jovens, no estado de Maharashtra – e aumentar a popularidade do partido entre os eleitores jovens urbanos.

Jackson chegou ao aeroporto de Mumbai 30 de outubro e foi recebido pela atriz Sonali Bendre, que colocou a marca tradicional hindu "Tilak" na testa dele. Uma carreata acompanhou ao concerto, e ele saiu do carro várias vezes durante a viagem para acenar para os milhares de fãs ao longo das ruas entre o aeroporto e o lobby do hotel dele.
 

Fãs ainda se lembram. "Vá a qualquer cidade, de qualquer canto na Índia e você vai descobrir que todos estão familiarizados com o nome de Michael Jackson", diz Kaur. "Não há nenhum músico que pode substituir MJ".  – Ahir Bhairab Borthakur



JAPÃO:


Há grande no Japão, e há Michael Jackson.


Fãs que vão desde adolescentes até 50 e poucos anos – muitos vestidos com roupas que são marcas registradas de Jackson,organizaram um memorial improvisado à luz de velas em 27 de junho no Yoyogi Park, em Tóquio.

Enquanto alguns exibiram movimentos de dança e cantaram canções, outros choravam abertamente e oraram em altares improvisados.

"É engraçado", disse um participante. "O encontro no Apollo Theater [do Harlem] era como uma celebração da vida dele, mas os japoneses vão direto para o luto".

Jackson venceu no Japão como poucas estrelas ocidentais antes ou depois. Famoso no país desde o lançamento de "Off the Wall", ele tornou-se ainda maior em 1987, quando começou a turnê  mundial"Bad" em Tokyo Dome. 

Ele vendeu 14 mostra shows, atraindo cerca de 450 mil fãs e ganhou cerca de 5 bilhões de ienes (52 milhões de dólares). Centenas de garotas gritando cumprimentaram a chegada dele no Aeroporto de Narita, em Tóquio, que foi coberta por 1.000 jornalistas, outros 300 cobriram a chegada de Bubbles, chimpanzé de Michael Jackson, que veio em um vôo separado.

"Nenhum outro artista tinha poder de estrela de Michael Jackson no Japão", disse Archie Meguro, vice-presidente sênior da Sony Music Japan International. "Ele era tão amado pelo talento, música, dança e s alma gentil dele."

A Sony reporta que as vendas de álbuns da carreira de Jackson no Japão dão de, pelo menos, 4,9 milhões, tornando-o um dos artistas internacionais que mais vendeu. "Thriller" sozinho vendeu 2,5 milhões de cópias. Mas p impacto dele foi além de vendas. A turnê de 1987 ajudou a remodelar a coreografia de J-pop, pois artistas tentaram se apropriar dos movimentos dele.

A notícia da morte delecausou tanto rebuliço na sociedade japonesa que três ministros tomsram o passo incomum de comentar sobre o falecimento dele.

As vendas do catálogo de Jackson tem disparado, e seis dos álbuns dele foram para p Japan SoundScan Top 200 Albums chart. Na manhã de 27 de junho a melhor loja, de sete andares, da Tower Records, em Shibuya, teve três exposições dos álbuns e DVDs dele. Jackson tinha participado de um evento lá, em 1996, presidido pelo, então, presidente da Tower Records Japan, Keith Cahoon. "Os membros do clube de fãs que compareceram eramm na maioria, jovens que gritavam “Michael!", em voz incrivelmente alta e estridente", lembra ele,"e Michael respondia com uma voz suave que era quase tão alta".

"Michael é a maior influência de entretenimento para o povo japonês após os Beatles", diz Ken Ohtake, presidente da Sony Music Publishing Japan. "Ele sempre permanecerá nos corações do povo japonês como um artista extraordinário e sem paralelo".  – Rob Schwartz



Michael Jackson Continua Sendo Fenômeno Mundial


Michael Jackson Continua Sendo Fenômeno Mundial

 

 

 

Traduzido por Daniela Ferreira

 

 

Michael Jackson deixou de ser o garoto mais talentoso de Gary, Indiana, para ser um dos seres humanos mais reconhecíveis no planeta. E enquanto as vendas de álbuns dele em todo o mundo foram surpreendentes, esse não foi o único motivo de fama dele. A ascensão dele foi muito além da caixa registradora, ele inspirou movimentos de dança, ditou tendências de moda e chamou a atenção para causas sociais ao redor do globo.


BRASIL:


Menos de um dia após a morte de Michael Jackson, o prefeito do Rio de Janeiro, Brasil, anunciou que a cidade vai erigir uma estátua do cantor no Dona Marta, uma favela que já foi famosa por tráfico de drogas e agora é um modelo para o desenvolvimento social. A mudança foi motivada, em parte, com a visita de Jackson, em 1996, para filmar o vídeo de “They Don’t Care About Us”.

Jackson gravou dois vídeos para “They Don’t Care About Us”, o quarto single de “HIStory: Past, Present and Future, Book I”: um em uma prisão eooutra no Dona Marta e Salvador, Bahia, uma cidade colonial brasileira conhecida pela cultura e a música afro-brasileira.

Quando Jackson veio ao Brasil para filmar o vídeo, dirigido por Spike Lee, o governo local do Rio de Janeiro ficou preocupado que o cantor iria mostrar ao mundo uma imagem desfavorável da pobreza. Na época, os brasileiros, como as pessoas em todo o mundo, via Jackson como um ídolo. Ele tinha ido ao país duas vezes, uma vez com o Jackson 5, nos anos 70 e novamente em 1993, quando fez dois shows em São Paulo, para 100 mil pessoas a cada noite.

Na época, a promotora de shows Dodi Sirena lembra um artista “sensível”, que pediu que um parque de diversões fosse reservado para uso dele, em seguida, convidou as crianças das escolas públicas mais pobres. “Ele demonstrou grande preocupação com tudo no país, com a pobreza, com crianças de rua”, diz Sirena.
 

Nesse contexto, a escolha de local de Jackson para o vídeo fazia sentido. “O vídeo é sobre as pessoas, ninguém se preocupa”, diz Claudia Silva, relações públicas do escritório de turismo do Rio de Janeiro.

Quando Jackson gravou o clipe no Rio, Silva era um jornalista do jornal O Globo, mas Lee e a equipe dele haviam proibido jornalistas na sessão, porque os traficantes de drogas do Dona Marta não queriam a atenção. Mas Silva encontrou uma família que a deixou passar a noite na casa deles e viu os moradores das favelas lavar as ruas para se preparar para a chegada de Jackson. “As pessoas estavam tão orgulhosas”, diz Silva. “Essa foi a melhor coisa para mim. As pessoas se levantaram cedo para limpar a área, eles se prepararam para ele, tiraram o lixo”.

Jackson chegou de helicóptero, mas andava pelas ruas de Dona Marta, acenando, e distribuindo doces. “As pessoas ficaram muito surpresas, no final, porque eles estavam esperando um cara extraterrestre”, diz Silva. “E ele era – soa estranho dizer isso – um cara normal.”
 

Jackson gravou cenas em Salvador, ao lado de uma multidão de pessoas, acompanhadas do Olodum, o grupo cultural afro-brasileira. No vídeo, ele pode ser visto dançando ao ritmo de centenas de percussionistas do Olodum e com aplausos dos fãs que chegam a tocá-lo, e, em um ponto, furam a segurança e o derrubam no chão.

“Esse processo de melhorar o Dona Marta começo com Michael Jackson”, diz Silva. “Agora é uma favela segura. Não há traficantes mais, e há um projeto social maciço. Mas toda a atenção começou com Michael Jackson.”
- Leila Cobo



ÁFRICA DO SUL:

"Crescendo como um garoto jovem negro em um município, você nem sonhava em ser um lutador pela liberdade ou ser Michael Jackson. Era tão simples como assim."


Assim, recorda o líder Sul-Africano e artista de R & B Loyiso Bala, cujos cinco Music Awards Sul-Africano é um testamento ao fato de que ele escolheu acompanhar o rei do pop.

O homem de 29 anos liga o impacto de Jackson na família dele, que inclui os irmãos dele, que são músico de alto perfil, Zwai e Phelo – ao do ex-presidente Nelson Mandela.

"A família toda iria deixar cair tudo que eles estivessem fazendo ou vendo, hipnotizados quando Michael ou [Mandela] vinham", diz ele sobre a vida naa casa dele, no município Kwa-Nobuhle, localizado fora da Eastern Cape cidade de Uitenhage.

Lupi Ngcayisa, um DJ na Metro FM, a maior emissora nacional urbana comercial da África do Sul, diz que as "letras ricas de Jackson mudou a configuração da rádio negra".

"Ele obrigou as famílias negras a debater questões que cercam o individualismo e a raça, então, p impacto cultural dele aqui se extendeu além de simplesmente música", diz ele.

Esse impacto foi mais visível em 1997, quando a turnê HIStory veio ao país para uma corrida de cinco datas, que terminou 15 de outubro no Parque Estádio do Rei, em Durban, último concerto em grande escala do artista, em apoio a um álbum de estúdio. Os shows ainda são os maiores que o país já viu, atraindo 230 mil pessoas, de acordo com Attie Van Wyk, presidente da promotora do evento, Cape Town-based Big Concerts.

Igualmente notável para um país de apenas três anos de vida democrática pós-apartheid foi a mistura de público. "Preto e branco, jovem e velho, Michael atraiu um grande público missigenado que nós ainda não vemos muitas vezes em shows", diz o publicitário da turnê, Penny Stein.

Duncan Gibbon, diretor de marketing estratégico da empresa Sony Music Entertainment na África do Sul, que trabalhou o catálogo de Michael Jackson, tanto antes quanto na era do apartheid, diz que Jackson vendeu mais de 2 milhões de álbuns na África do Sul. Mais importante, ele diz que a música de Michael Jackson foi um ponto unificador para uma sociedade profundamente dividida.

"As Rádios Sul-Africanas eram muito racialmente segmentadas nos anos antes de 1994", diz ele. "Mas Michael provou ser um artista cuja música foi tocada nas estações de pop brancos e estações de negros R & B. Isso não parecer muito agora, mas era uma coisa muito potente quando você pensa como o apartheid tentou manter tudo sobre preto e branco socialmente separado." – Diane Coetzer
 


CHINA:


Após 30 anos de difamar tudo que é americano, Pequim reestabeleceu relações diplomáticas com Washington, DC, 01 de janeiro de 1979, o mesmo ano Jackson lançou "Off the Wall". Na época, a maioria da China ainda estava vestida com azul monótono de ternos Mao, a rádio estatal era quase desprovida de música pop ocidental, e gravadoras tinham pouca distribuição. Mas a música de Jackson logo criou raízes – com uma vingança.

Com sede em Pequim, omúsico Kaiser Kuo diz que a única vez que ele se sentiu ameaçado fisicamente durante a volátil primavera de 1989 foi por causa da popularidade de Jackson.

Em 3 de junho de 1989 – assim como estudantes pró-democracia chegarriam ao que provaria ser um fata impasse com o governo, na Praça da Paz Celestial –, o rock pesado da banda Dinastia Tang de Kuo foi fazer um show na província de Jilin, sem saber que tinha sido anunciado como “banda de apoio de Michael de Jackson”.  Percebendo que tinha sido enganado, o público "enlouqueceu e incendiou a bilheteria", diz Kuo. "Jackson era tão popular".

Para muitos na China, refletir sobre Jackson significa trazer memórias da época de esperanças frustradas. Blogger Hong Huang viveu boa parte da infância nos anos 70 e 80 nos Estados Unidos, onde o pai era um diplomata chinês. "Naquela época, eu pensei que ninguém na China poderia estar ouvindo Michael Jackson", diz ela. No entanto, Hong hospedou três noites do programa de talk show dela na TV, "Straight Talk" sobre a morte de Jackson, enquanto a Internet chinesa se iluminou com a discussão sobre a vida e música dele. O topo de compartilhamento de vídeos Youku.com Web site tem dezenas de mensagens de jovens chineses Moonwalking para as canções em sapatos pretos, meias brancas, e calças “pesca siri”.

As vendas de Jackson na Ásia têm sido fortes, apesar da pirataria, de acordo com Adam Tsuei, presidente da Sony Music Entertainment Greater China. Sony diz que desde 1994 já vendeu cerca de 1,2 milhões de álbuns de Jackson em Hong Kong e Taiwan. Jackson nunca visitou a China continental, mas a Sony diz que já vendeu cerca de 300 mil álbuns lá desde 2002, embora a censura tenha impedido a liberação de todo o catálogo dele.

Houve relatos não confirmados de que a AEG Live planejava trazer Jackson para a China depois das datas esgotadas Londres. Em vez disso, Shanghai Warehouse Manager Jin Hailiang diz que os 150 membros regulares do fã clube local de Jackson, que ele ajuda a gerenciar, vai acolher uma festa em 29 de agosto, o aniversário de Jackson.
 

"A música dele é tão importante porque é sobre o amor", diz ele, "e isso nos faz sentir livres para dançar".  – Jonathan Landreth

 


 

Continua...