A PERSONIFICAÇÃO DA MÚSICA
Jackson performando a icônica rotina dele,
“Billie Jean”, na Victory World Tour”, em 1984.
O corpo de Jackson era a tela mais instintiva dele. Ele era um dançarino até o âmago. Ele dançava em particular como forma de se exercitar e se libertar. Ele dançava enquanto gravava no estúdio. No palco, o corpo dele parecia possuído pela música. “Eu sou um escravo do ritmo”, ele explicou. “Eu sou uma tela. Eu apenas vou com o momento. Você tem que fazer desse jeito, porque se você pensar, você morre. Performar não é sobre pensar, é sobre sentir.” Coreografia, para Jackson, era como linhas em uma pintura: dava bordas dentro das quais trabalhar. Não era sobre contar passos; era sobre explorar e se expressar dentro daqueles limites.
Nesse espaço criativo, ele se tornaria a “incorporação” de cada parte. “Quando você está dançando”, ele revelou, “você está apenas interpretando a música e os sons e o acompanhamento. Se existe um baixo, se existe um violoncelo, se existe uma corda, você se torna a emoção que esse som é.” Esta habilidade de ocupar a música completamente foi o que o destacou como dançarino. Muitos dos movimentos dele tinham sido feitos anos antes, incluindo o moonwalk; mas ele se aprofundou neles, compreendendo o que eles poderiam transmitir e se apossou deles.
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