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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Iconic Magazine: Entrevista Exculisa Com David Nordahl (parte 3)


IM: Quando você percebeu que a relação de trabalho de você se tornou uma amizade?

DN: Eu acho que foi quase imediatamente! Às vezes, você conhece alguém que você se entende na hora e, ás vezes, você conhece alguém é meio que desastroso! Nós ficamos confortáveis um com o outro e compartilhamos um passado semelhante. Na verdade, quando eu o conheci in Denver, ele tinha acabado de comprar o rancho. O rancho precisava de muito trabalho árduo; o zoo, a casa principal, o celeiro do outro lado, ele construiu o teatro e os brinquedos e tinha 40 acres de flores... Michael desenhou todas essas coisas! Ele queria criar um lugar mágico para crianças, que fosse real! Quando eu fui para os bastidores no concerto em Denver, havia uma fila de crianças em cadeiras de rodas, ele foi direito para o palco. Naquela primeira noite, um garotinho morreu. Depois do concerto, eu perguntei a Michael: “Como você pode fazer isso? Como você pode estar com estas crianças moribundas e, depois, ir para o palco?”, ele disse: “Como eu não poderia? Quando eu posso ajudar uma criança a viver uma hora a mais, um dia a mais, ou um mês a mais!” Michael sempre foi assim. Se alguém o ligasse com alguma criança doente em algum lugar, Michael voaria para lá na hora! Michael sempre deixaria algo com as crianças: “Eu estarei de voltas em duas semanas, eu quero vê-lo!” Essas crianças, na verdade, estavam vivendo mais porque elas queriam ver Michael de novo.

IM: É uma história maravilhosa! Realmente surpreende!

DN: É fácil quando você enriquece se esconder do lado feio da vida e não se importar com pessoas que estão morrendo ou crianças doentes. Era com isso que Michael se preocupava. Ele sempre foi assim. Eu conheci Michael por 21 anos e ele nunca mudou! Ele era a mesma pessoa.

IM: Você fez algo no rancho Neverland?

DN: Não. Eu fiz planos para ele ter um parque aquático e algumas outras coisas que nunca aconteceram.

IM: Você criou a capa de “Heal the World”. Você veio com a ideia, ou Michael lhe deu direção?
 
 

DN: Nós, na verdade, falávamos sobre uma caridade e, então, eu fiz vários diferentes designes e Michael escolheu um. Eu, provavelmente, fiz de 30 a 40 diferentes desinges. Eu gostava de dar a ele escolhas para chegar perto da perfeição. Ele nunca me disse para fazer coisas, era sempre uma colaboração e eu adorava trabalhar com ele. Eu sinto falta dele todo dia. Eu fiquei tão chocado quando ele faleceu, que eu não pude aceitar isso. Eu pensei que fosse um engano! Eu pensei que eles o tinham levado para o hospital para reidratá-lo, porque ele ficava muito desidratado quando ele estava trabalhando duro. Eu não poderia aceitar que ele tinha partido, isso foi terrível.

IM: Foi um terrível momento e nós podemos imaginar como você se sentiu, sendo tão próximo a ele. Qual é a pintura que você fez para ele é a sua favorita? Sua escolha pessoal.

DN: Eu penso que, talvez, “The Knight”. Eu realmente gosto dessa e essa é a única pintura que eu fiz com prazo de entrega. Eu não tenho certeza sobre o que ele tinha planejado para ela, para ser honesto, mas eu tive um prazo de entrega apertado. Quando eu terminei a pintura, eu a enviei para Michael em Los Angeles, porque ele estava partindo para Paris e a levaria com ele. Nós tivemos um terrível momento colocando a pintura na caixa. Ele estava enviando aquela coisa para toda parte. Eu me lembro de que, uma vez, foi depois do 11 de setembro, ele me chamou para fazer alguns reparos nela, por causa dos danos causados no envio. Assim, eu fui para o aeroporto com minha mala cheia de coisa de pintura para voar para o rancho. Eles me pararam no aeroporto, me colocaram contra a parede, esta diretora da segurança estava muito zangada que ela estava tremendo! Ele queria me prender. Foi louco!

IM: Em 11 de setembro, Michael estava em Nova Iorque para os concertos para o Aniversário de 30 anos dele, Liz Taylor e Marlon Brando alugaram um carro para voltar de Los Angeles. Isso é verdade?

DN: Eu acho que ele pegou um trem! Sim! Ele adorava trens. Ele me ligou uma vez e disse: “Adivinha onde eu estou? Estou em um trem! Isso é ótimo, nós estamos nos divertindo!” Era um grande choque vê-lo! As pessoas falavam: “O que você está fazendo aqui?” e a resposta de Michael era: “Eu tenho que estar em algum lugar1” [Gargalhadas] Mas viajar em público era complicado para ele e ele realmente odiava isso. Ele usava disfarces e, um dia, nós estávamos em uma loja de brinquedos, durante o Halloween, e a loja tinha acabado de abrir. Michael tinha comprado uma fantasia com nariz e dentes falsos para voltar ao rancho. Havia muitas pessoas lá, como se fosse a inauguração. As pessoas começaram a olhar para Michael e o gerente veio e perguntou a ele se ele era Michael Jackson. Michael disse sim e o gerente disse: “Eu pedirei a você que saia”. Isso foi porque as pessoas ficavam com medo de que os clientes entrassem em pânico e causassem danos à loja. Portanto, nós sempre éramos convidados a sair. Isso era realmente embaraçoso para Michael. Por que você deveria ser expulso por que você é certa pessoa?! Isso aconteceu com Michael e Lisa em Nova Iorque. Eles foram a um shopping center e as pessoas os descobriram lá e causaram centenas de milhares de dólares em danos para alcançar Michael. As pessoas na loja disseram a ele para nunca voltar! Ele tinha que ligar primeiro para as lojas fecharem para ele comprar1 Ele também se tornou em expert em sair das roupas! As pessoas iriam agarrá-lo, então, ele iria, rapidamente, remover a camiseta ou suéter dele! Ele me mostrou partes da cabeça dele onde as pessoas arrancaram um chumaço de cabelo do coro cabeludo dele! Era por isso que ele sempre protegia os olhos dele assim [David coloca as mãos sobre a face e olhos dele].

IM: Se você pudesse passar mais um dia com Michael, o que você fariam?

DN: Oh, meu... Eu acho que eu simplesmente adoraria a companhia dele, apenas conversar como fazíamos. Ele era uma pessoa muito sábia, sabe. Michael sabia algo sobre tudo; ciência, medicina, todos os tipos de coisas. Nossas conversas eram muito divertidas. Disso é o que eu mais sinto falta.

IM: Você está trabalhando em algum projeto agora?

DN: Na verdade, eu estou fazendo algumas pinturas. Eu sou um pinto, sabe, e eu não posso me aposentar! Algumas pessoas trabalham a vida toda para se aposentar e pintar, o que eu farei? Tornar-me um contador? [Gargalhadas].

IM: Obrigado, David! Foi maravilhoso falar com você! Suas histórias e amor por Michael são surpreendentes e cativantes! Foi um prazer!

DN: Eu amo o que vocês estão fazendo e continuem com isso! Muito obrigado a vocês.