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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

As Músicas Top Ten de Michael Jackson de Todos os Tempos

As Músicas Top Ten de Michael Jackson de Todos os Tempos

Por Joe Vogel, em 11 de julho de 2012
Traduzido por Daniela Ferreira




A lista a seguir está incluída no APRESENTANDO MICHAEL JACKSON, uma coleção de artigos e ensaios sobre o Rei do Pop, lançado mundialmente em 11 de julho, 2012, quarta-feira. Para mais informações sobre o livro, incluindo onde obter cópias físicas e eletrônicas, clique aqui. Uma encarnação anterior desta lista foi publicada pelo Huffington Post em 25 de junho de 2010.

A lista Top Ten de Michael Jackson não é tarefa fácil. Inevitavelmente, se presta ao exame e contestação (Como você pôde deixar de fora [preencher o espaço em branco]?). Obviamente, não há lista definitiva. Mas o debate é parte do que faz estas listas divertidas.
Ao longo dos anos, eu tenho colocado e tirado faixas, subindo e baixando-as no ranking (embora várias tenham permanecido constante). Especialmente excruciante são aquelas poucas seleções finais poucosé tentador simplesmente chamar por um empate entre 10 ou 20 para abrir espaço para mais grandes canções. A dificuldade em selecionar os melhores representativos trabalhos de Jackson, no entanto, fala com a qualidade, diversidade e profundidade do catálogo dele.

Eu tornei minha tarefa um pouco mais fácil, apenas escolhendo entr o trabalho solo dele (de 1979 para frente). Além disso, eu determinei que eu não iria considerar impacto cultural, o sucesso comercial ou vídeos de música em minhas avaliações. Estas faixas Top Ten, também não são, necessariamente, as músicas que eu acho mais agradável de ouvir. Pelo contrário, estas são as dez músicas que eu considero mais impressionante artisticamente. Todos os elementos da canção foram considerados: a música, produção, letras, performance vocal, inovação, criatividade, originalidade e impacto estético em geral.

Enquanto algumas das músicas da lista são bem conhecidas, outras têm recebido pouca atenção. Um dos objetivos do meu trabalho tem sido a de incentivar uma grande reavaliação do trabalho de Michael pós-década de 1980, muito do que percorre território audacioso, novo e desafiador. Ao contrário da sabedoria convencional, a arte de Jackson não diminuiu após Thriller. Ao longo da carreira dele, o trabalho dele evoluiu de maneiras interessantes e atraentes.

Sem mais, então, eu humildemente apresento o meu Top Ten músicas de Michael Jackson de todos os tempos. Se eu fosse obrigado a reunir um grupo de músicas para se sustentar contra os melhores trabalhos dos Beatles ou Bob Dylan ou Prince, estas são as que eu traria.

10) Human Nature and I Can’t Help It


Ok, então eu estou traindo desde o início com um empate em dois sentidos. Eu não poderia deixar uma delas de fora. Ambas as músicas são maravilhosamente produzidas, ricas, texturizadas, joias perfeitamente cantadas. Elas mostram tudo o que era especial sobre a parceria criativa entre Michael Jackson e Quincy Jones. Ouça a admiração palpável, anseio e desejo, as vibrantes, brilhantes paisagem onpírica queelas evocam; a incadescente apresentação vocálica que transcende a linguagem. Não é por acaso que ambas estão entre as músicas mais regravdas de todo o catálogo de Jackson (incluindo uma versão de "Human Nature", de Miles Davis), mas ninguém chegou perto do brilho das originais.

9) They Don’t Care About Us

Acusações de antissemitismo foram falsas desde o início. Esta música é sobre falar a verdade ao poder, é um punho levantado, sonoramente, em nome dos sem voz. "Diga-me o que aconteceu com meus direitos", ele exige. "Eu sou invisível por que você me ignora / Sua proclamação me prometeu liberdade livre." O refrão polêmico é cantado em rimas rápidas, staccato, sobre uma batida pipocada, chicoteada, com revistas de polícia e cadeias de tear sinistras no fundo. Uma canção de indignação e de capacitação que é, sem dúvida, uma das mais potentes declarações políticas de Jackson e uma das melhores canções de protesto dos anos 90.

8) Don’t Stop ‘Til You Get Enough

O que não é o amor sobre essa música? Esta foi a descoberta de Michael Jackson como artista solo. A astuta introdução de baixo com Michael timidamente sussurrando ("Você sabe, eu estava pensando ...") tem sido corretamente descrita como "dez segundos de tensão pop perfeita". O suspense aumenta até que Jackson solta o característico "oooooh" dele e a faixa explode em uma caleidoscópio de som. A música é puro êxtase desde o início não para por seis minutos, enquanto o falseto de Jackson flutua com alegria sem peso e abandono. Ela abre um brilhante álbum de estreia, que um crítico chamou de "pedra Rosetta para todos subseqüente R & B".

7) Who Is It

Comparações com "Billie Jean" são aptas, dada a linha de baixo pulsante e tema sombrio dela. Mas "Who Is It" está longe de repetir a performance, na verdade, a música é uma excelente demonstração da evolução de Jackson como um artista. Ouça a maneira como a inesquecível introdução soprano gótica dá lugar ao ritmo pesado, persistente (com base no beatboxing Jackson). Ouça a profundidade emocional da narrativa confessional de Jackson, agravada pelos suspiros e gritos angustiados dele. Ouça as camadas empilhadas, polirrítmicas, como um transe, na outro. Para aqueles não familiarizados com o trabalho de Jackson pós-80, este é um bom lugar para começar. Um exorcismo de seis minutos e meio: "Who Is It" é dor pessoal traduzida em arte sublime.

6) Morphine

Esta canção continua subindo mais e mais alto no meu ranking. Parte do que torna uma obra de arte grande é a capacidade dela de empurrar para a borda muito da experiência humana, de arrancar todos os curativos e sutilezas e ilusões, e expressar algo cru e real. Isso é o que Michael Jackson faz em "Morphine." É uma canção dolorosa, trágica. Mas também é honesta e corajosa. A música ataca os ouvintes em ondas implacáveis ​​de batida de aço, enquanto Jackson cospe cacos fragmentados de insultos internalizados.
Atrás dele, ocasionalmente, ouvi-se uma TV, como se ela tivese sido deixada ligada no meio da noite. Na verdade, isso são clipes de áudio de filme de David Lynch, O Homem Elefante, no qual uma “aberração” da era vitoriana, Joseph Merrick, está sendo insultado e perseguido. Esses são os tipos de toques brilhantes que fazem o trabalho de Jackson tão atraente. O ataque sonoro, brevemente, dá lugar à ponte, quando a "droga" pacificadora faz efeito. Por um momento, há paz e fuga. Mas essa fuga vem a um fim abrupto, quando o ouvinte é jogado de volta nas engrenagens crueis da realidade. Experimental, ousada e emocionalmente poderosa, esta faixa merece o lugar dela entre os melhores trabalhos de Jackson.

5) Man in the Mirror


Esta, mais do que qualquer outra faixa, foi a canção para qual o público se virou, na sequência da morte de Jackson. Mais de vinte anos depois do lançamento, pela primeira vez, subiu para # 1 nos singles charts do iTunes. A crítica, muitas vezes, deu a ela pouca atenção em comparação com outras definidas como hinos da era, mas não há como negar o lugar dela no nosso DNA cultural.


"Man in the Mirror" está ao lado de John Lennon "Imagine" e Marvin Gaye "What’s Goin 'On", como uma das maiores músicas populares que chamam por uma renivação social e social. Jackson injeta as letras de Siedah Garret com paixão inquietante e energia espiritual. Toque-a, alto, e escute os encantamentos improvisados de Jackson, a mejestosa chamada e reposta com o Coro Andrae Crouch Singers, a compilação transcendente. Pelo menos nesses cinco minutos, ele vai fazer de você um crente em sua responsabilidade em mudar o mundo.

4) Wanna Be Startin 'Somethin'

Uma das marcas de Jackson como um artista é a capacidade dele de fundir estilos musicais aparentemente díspares e esta faixa, descontroladamente original, é o exemplo perfeito. "Startin 'Somethin'" contém elementos de funk, disco, R & B, música mundial, batida afro, e gospel. Como "Billie Jean" é um groove irresistível de dança que, também, acontece de ser profundamente excêntrica original e, ritmicamente, complexa. Enquanto a batida é inflável e frenética, as letras falam da histeria da vida moderna (incluindo colapsos mentais, gravidez indesejada e ser comido como de um buffet). alto demais para passar por cima", ele canta: "Muito baixo para se esquivar / Você está preso no médio / E a dor é tremenda." O avanço do clímax, com o característico africano – ma ma se, ma ma sa, ma ma coo-sa – é um dos momentos mais afirmativos, triunfantes, na música popular. Para toda a loucira em volta, confusão e ansiedade, ele sugere, há redenção e harmonia na música.

3) Earth Song

Um par de faixas pode ser esteticamente superior, mas nenhuma música no catálogo de Jackson é tão poderosa quanto "Earth Song." Ela é a grandiosa declaração artística dele. Talvez o precedente mais próximo dela na música popular seja "A Hard Rain’s A-Gonna Fall” de Bob Dylan, um épico apocalíptico semelhante, enraizado tanto na Bíblia quanto no blues. Musicalmente, no entanto, Jackson levou o hino para outro lugar, misturando ópera, rock e gospel, para construir um drama e urgência inigualada pelos antecessores dele.
A culminatnte chamda e repsota com o Andraé Crouch Choir, pontuada por exclamações de angústia sem palavras de Jackson é, simplesmente, deslumbrante. "Earth Song" chegou ao topo das paradas em mais de 15 países, no entanto, foi amplamente criticada pelos críticos, que nunca soube o que fazer com ela. O cinismo que se reuniu na América, em 1995, (onde, nem mesmo, foi lançada como single) diz muito mais sobre o estado do país do que sobre a música. Esta lamentação de seis minutos e meio é mais relevante do que nunca.

2) Stranger in Moscow


Foi tentador colocar isso como um surpreendente # 1. O processo pode, certamente, ser feito. Esta é a versão de Jackson da seminal “One Day in the Life” dos Beatles: uma canção-poema meditativa, fragmentada,sobre como se sentir ao estar sozinho no mundo moderno ("Eu estava perambulando na chuva", ele abre "máscara de vida, sentimento insano"). Construído em apenas duas progressões de acordes, "Stranger in Moscow" apresenta, provavelmente, as letras mais instigantes da carreira de Jackson. A canção é sobre máscaras, ilusões, exílio, e invisibilidade.

 
Trata-se de ser conhecido em todos os lugares, mas não pertencer a lugar algum. Jackson é sutil e comedido para a maioria na maior parte da faixa, o coro repetindo uma batida maçante, mecânica. No entanto, na parte final, ele rompe com expressões pungentes de isolamento e desespero ("Eu estou vivendo solitário, estou vivendo solitário, meu bem!"). Apesar de nunca ter integrado nenhuma colecção Greatest Hits, ao longo do tempo, "Stranger in Moscow", sem dúvida, mantem-se como um das melhores realizações artísticas de Jackson.

1) Billie Jean

Sem surpresas aqui. "Billie Jean" é, quase, unanimamente anunciada como a obra-prima que define Michael Jackson, e com razão. Talvez nenhuma outra canção encarne mais perfeitamente os paradoxos, tensões, a magia e o mistério do criador dela. É a rara faixa de dança que é, instantaneamente, acessível (com a linha de baixo fascinante e quadro minimalista dela), mas com profundas camadas e evocativa. A estória sombria, inesquecível dela não poderia se destacar mais do tradicional pop Top 40, mas o single, de alguma forma, conseguiu se manter em # 1 por sete semanas, em 1983, e manteve-se popular com os ouvintes desde então. O crítico musical, Mark Fisher, chama-a de "uma das maiores obras de arte do século XX, uma escultura sonora multi-nivelada som, cujo furtivo brilho sintético de pantera, ainda apresenta detalhes e nuances despercebidos anteriormente, quase trinta anos depois." Cerne da questão: Qualquer argumento para Jackson como um artista começa com "Billie Jean", uma faixa que se tornou ainda mais notável pelo fato de que ela foi escrito, composta, arranjada e coproduzida pelo próprio Jackson, com a idade de 23 anos.