Jam
Jam,
do álbum de 1991 de Jackson, Dangerous,
estende essa ideia do poder
transformativo da arte para qualquer empreendimento que realmente capture sua
paixão. Você pode Jam com uma trombeta
ou uma pula corda, você pode jam em
uma arena de basketball ou na rua, você
pode jam como dançarinos ou como
professor – qualquer coisas quem envolva você e o encha de deleite. Como Beat It e Bad, o videogame é localizado em um áspero ambiente urbano e
reverbera tom sombrio, mas como eles, ele também é definitivamente exuberante e
alegre. Na verdade, há uma sobrejacente visão deste completo ciclo de vídeos: a
exuberância da criatividade crescendo dentro de ambientes sombrios.
Jam
mostra clipe após clipe de crianças completamente absortas na alegria de fazer
o que elas fazem – um garoto saltando em um estofado, um jovem dançarino de
break imergido na dança dele, crianças correndo, garotas pulando corda, garotos
jogando basketball, uma banda de
jovens músicos pegando os instrumentos deles – embora isso seja intercalado com
imagens de pessoas em desespero. É a dissonâncias entre essas duas que dirige o
vídeo e dá a ele peso emocional. Nós também vemos clipes de Jackson e Michael Jordan,
praticando, praticando e praticando enquanto eles refinam o ofício deles. É
preciso muito trabalho duro par se tornar um dançarino profissional e um
jogador de basketball. O truque é
combinar habilidades técnicas do profissional com a alegria e criatividade de
uma criança brincando.
Gradualmente,
o clipe se desenvolve para Michael Jordan e Jackson, juntos, na quadra de basketball e na pista de dança. Ambos
têm a confiança que vem de estar no topo do jogo deles e esse segmento é pura
diversão de ser ver. Primeiro, ele
entram na quadra, e, enquanto Jackson é razoavelmente alto, ele não é, nem de
perto, alto para a NBA. Jordan é uma torre perde dele. Jackson não pode se
aproximar para bloquear os disparos dele – ele é como uma criancinha jogando
com um adulto – mas ele se esforça: pulando, lutando, mergulhando atrás da
bola. Ainda, não há contexto nenhum. Em um ponto, Jordan vai arremessar depois
de quicar a bola – e Jackson olha duas vezes – ele não tem ideia de para onde a
bola foi. Mas o ponto não é ganhar, é compartilhar: dar tudo de você, lutar com
tudo que você tem, perde-se na alegria de fazer isso.
Depois,
eles se movem para a pista de dança, e nós começamos a apreciar justamente quão
rápidos e fluidos os movimentos de
Jackson são, quando elee está de volta no próprio domínio. Agora, ele é o
profissional, e Jordan é o amador, e nós
temos a chance de ver Jackson compartilhando como um professor. Ele está
claramente intrigado com Jordan, por ver o que aquele poderoso corpo pode
fazer. E outtakes no fim do vídeo, Jackson é como um adolescente em torno de um
Masserati. Você tem a sensação de que ele estão morrendo para ter a mente dele
dentro desse magnífico corpo de alguma forma e leva-lo para dar uma volta, ver
se ele pode, verdadeiramente fazê-lo dançar. Jordan tem trabalhado esse corpo
duramente para ser uma força na quadra de basketball,
mas Jackson pode de alguma forma fazê-lo se mover da forma que ele imagina na
cabeça dele? Ele encoraja, ele demonstra, ele explica, tentando descobrir a
palavra mágica para realizar as ideias dele. Ele deita no chão e posiciona os
pés de Jordan; ele se levanta nas pontas dos pés e posiciona os dedos dele.
Jordan se submete aos esforços de Jackson com um Zeus benevolente, rindo,
enquanto Jackson se agita em volta, tratando tornar as ideias dele visíveis.
A
atmosfera global em Jam é uma de vitalidade, embora isso esteja dentro do, agora,
familiar moldura de uma paisagem urbana negra. Mas as crianças que vemos no
vídeo não são aquelas sendo admoestadas para compartilhar – elas já estão
compartilhando. Na verdade, eles são apresentados como um modelo para o resto
de nós, o que é um completo reverso das outras canções neste ciclo. Em Beat It, Bad, e algumas extensões de The
Way You Make Me Feel, o protagonista usa a energia criativa dele para
transformar um rude ambiente social em torna-lo mais habitável. Especialmente,
ele usa a criatividade dele para ganha o respeito dos vizinhos,
Não
fale comigo,
Não
grite e berre.
O
problema, de acordo com Jam, é uma das exaustões emocionais, de ser desgastado por
um sistema social que dissipa nossa energia em tarefas insignificantes e nos deixa
cansados e distratados, sem disposição para ajudar outras ou pensar além de
nossa próxima tarefa. Nós precisamos “fazer música juntos” – nos engajar em
algum tipo de estase criativo – qualquer forma que pode ter – para nos levantar
e nos nutrir, emocionalmente e espiritualmente.
Jackson
sugere que essa exaustão tem conduzido a um estágio de confusão espiritual.
Porque nós não estamos nos permitindo expressar nossa criatividade inata, nós
perdemos contato com contanto com nosso ser interior, com que nós somos, e,
assim, nós vagamos sem rumo, procurando por respostas. Pois ele diz: “Ela ora a
Deus, a Buda/ Então, ela canta uma música de Talmud. / Confusão contradiz o
eu.” Nós precisamos compartilhar para voltar a nos conectar com nós mesmos,
redescobrir quem nós somos, e, assim, encontrar as respostas que estamos
buscando. Uma vez que fazemos isso, nós podemos descobrir que as respostas para
as nossas perguntas são muitos mais simples que pensamos. Quando Jackson
pergunta: “Nós sabemos o que é certo ou errado?/ eu apenas queria que você me
reconhecesse no templo.” Em vez de vagar de templo em templo – do cristianismo
ao budismo ao judaísmo – tentando encontrar a resposta certa, nós precisamos
para um momento e reconhecer a humanidade das pessoas dentro de cada templo. Se
importar com as pessoas é que é importante, não doutrina.
Assim,
como outros vídeos no ciclo, Jam fala, mais uma vez, sobre o poder
transformativo da arte, mas dessa vez Jackson foca menos no resultado final – no poder do artista
reconhecido – e mais no ato de criatividade em si, no rejuvenescimento
spiritual que ocorre dentro de cada um de nós, quando nos imergimos
completamente que nos dá alegria. E esse ato de júbilo pode tomar qualquer
forma que desejarmos. Nesse sentido, nós precisamos ser como crianças, como o
menininho pulando na cadeira, não porque ele vê isso como um exercício
espiritual, mas porque é divertido o faz feliz.
Nutrindo-nos
dessa forma nos tornearemos mais fortes, nos dará resolução interior – como Jackson
diz: “Você não pode me ferir. Eu encontrei paz dentro de mim mesmo” – e nos
permite abordar os problemas que nós, como família humana, compartilhamos. Não
é acidente que o vídeo começa e termina com um menino jogando com uma bola de basket pintada para parecer o planeta
Terra. Para Jackson, a chave para resolver os problemas do planeta que ameaça
nosso mundo é cada um de nós reconectar com a exuberância da infância e
destrancar a criatividade e paixão dentro de nós mesmos.
Nota da tradutora: Jam significa fazer música junto de forma
informal, mas no texto, assim como na música, a palavra é empregada no sentido
de compartilhar, trocar habilidades, ensinar e aprender uns com os outros.