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sábado, 27 de outubro de 2012

Capítulo 7 - Invincible : " Whatever Happens "



15.          WHATEVER HAPPENS

(Escrita e composta por Michael Jackson, Teddy Riley, Gil Cang, J. Quay e Geoffrey Williams. Produzida por Michael Jackson e Teddy Riley. Gravada por Teddy Riley, Geroge Mayers e Bruce Swedien. Edição digital: Teddy Riley e George Mayers. Mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley e George Mayers. Vocais guia e backgrounds: Michael Jackson. Adicionais vocais backgrounds: Mario Vazques e Mary Brown. Arranjo de orquestra e condução por Jeremy Lubbock. Guitarra: Carlos Santana e Rick Williams. Assobio: Carlos Santana e Stuart Brawley)
 

“Whatever Hapens” é, indiscutivelmente, a melhor música no álbum. Um inesquecível dance groove latino, apresentando a lenda da guitarra, Carlos Santana, ela foi intentada para ser o principal single e vídeo musical do álbum, antes que a Sony decidisse cancelar toda a promoção. Ainda assim, os críticos, quase unanimemente, elogiaram a faixa. A Rolling Stone a descreveu como uma “excepcional música”, enquanto a Pop Matters a chamou de “brilhante”. “Ela teria sido uma inspirada escolha para um single”, escreveu o crítico musical Mike Heyliger, “e poderia ter feito um maravilhoso vídeo. Ela tem uma sensação em câmera lenta, cinemática, a voz de Michael é um entalhe superior e Carlos Santana veio a bordo para adicionar um poderoso solo de guitarra. Coisa clássica aqui”.
Na verdade, com o estranho assobio dela e vocais passionais, “Whatever Happens” evoca algo intoxicante. “Uma música com base latina”, escreveu James Hunter, da Rolling Stone, “uma profunda infusão das cordas de Jeremy Lobbock e a guitarra de Carlos Santana. Jackson e o produtor Teddy Riley fez algo realmente belo e inteligente: eles permitiram a você se concentrar nos ritmos impetuosos da faixa, as interjeições passionais de Santana e as maravilhosas varreduras sinfônicas arranjadas de Lubbock”, enquanto Jackson narra com “uma intensidade chanfrada”.
Liricamente, ela é um dos mais sutis e maduros esforços de Jackson. Coescrita com Teddy Riley, “Whatever Happens” narra a história de duas pessoas que ainda se amam profundamente, mas temem que o relacionamento delas esteja em perigo. “Ele deu outro sorriso”, Jackson canta,

Tenta entender o lado dela
Mostrar que ele se importa
Ela não pode ficar na sala
Ela está consumida
Com tudo que está acontecendo 

Jackson, inteligentemente, permite que esses versos insinuem, sem revelar completamente por que eles estão em conflito, com o que ela está “consumida” ou o que “está acontecendo”. A ambiguidade permite que os ouvintes preencham as lacunas. Em um verso posterior, Jackson descreve um casal que está, desesperadamente, tentando, mas falhando, em se comunicar. 

Ele trabalha dia e noite, pensando que ele a fará feliz
Esquecendo-se de todos os sonhos que ele tinha
E não percebe que não é o fim do mundo
Isso não deveria ser tão ruim
Ela tenta explicar: “É você quem me faz feliz”
O que seja, o que seja, o seja

O verso final de aparente indiferença (“O que seja, o que seja, o que seja”), paradoxalmente, leva ao refrão (“O que quer que aconteça, não saia da minha mão”), transmitindo uma incerteza sobre a promessa que eles fizeram um ao outro. Na outro, Jackson continua a implorar, desesperadamente, mas não encontra solução.
A música retorna o ouvinte à dor íntima e isolação de “Don’t Walk Away”. Como a tensão ainda ligeiramente no ar, ela cria, perfeitamente, o palco para a declaração final do álbum.

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