15.
WHATEVER HAPPENS
(Escrita e composta por Michael
Jackson, Teddy Riley, Gil Cang, J. Quay e Geoffrey Williams. Produzida por
Michael Jackson e Teddy Riley. Gravada por Teddy Riley, Geroge Mayers e Bruce
Swedien. Edição digital: Teddy Riley e George Mayers. Mixada por Bruce Swedien,
Teddy Riley e George Mayers. Vocais guia e backgrounds: Michael Jackson.
Adicionais vocais backgrounds: Mario Vazques e Mary Brown. Arranjo de orquestra
e condução por Jeremy Lubbock. Guitarra: Carlos Santana e Rick Williams. Assobio:
Carlos Santana e Stuart Brawley)
“Whatever Hapens” é,
indiscutivelmente, a melhor música no álbum. Um inesquecível dance groove latino, apresentando a lenda da guitarra, Carlos Santana,
ela foi intentada para ser o principal single
e vídeo musical do álbum, antes que a Sony
decidisse cancelar toda a promoção. Ainda assim, os críticos, quase unanimemente,
elogiaram a faixa. A Rolling Stone a
descreveu como uma “excepcional música”, enquanto a Pop Matters a chamou de “brilhante”. “Ela teria sido uma inspirada
escolha para um single”, escreveu o
crítico musical Mike Heyliger, “e poderia ter feito um maravilhoso vídeo. Ela
tem uma sensação em câmera lenta, cinemática, a voz de Michael é um entalhe
superior e Carlos Santana veio a bordo para adicionar um poderoso solo de
guitarra. Coisa clássica aqui”.
Na
verdade, com o estranho assobio dela e vocais passionais, “Whatever Happens” evoca
algo intoxicante. “Uma música com base latina”, escreveu James Hunter, da Rolling Stone, “uma profunda infusão das
cordas de Jeremy Lobbock e a guitarra de Carlos Santana. Jackson e o produtor
Teddy Riley fez algo realmente belo e inteligente: eles permitiram a você se
concentrar nos ritmos impetuosos da faixa, as interjeições passionais de
Santana e as maravilhosas varreduras sinfônicas arranjadas de Lubbock”,
enquanto Jackson narra com “uma intensidade chanfrada”.
Liricamente,
ela é um dos mais sutis e maduros esforços de Jackson. Coescrita com Teddy
Riley, “Whatever Happens” narra a história de duas pessoas que ainda se amam
profundamente, mas temem que o relacionamento delas esteja em perigo. “Ele deu
outro sorriso”, Jackson canta,
Tenta
entender o lado dela
Mostrar
que ele se importa
Ela
não pode ficar na sala
Ela
está consumida
Com
tudo que está acontecendo
Jackson,
inteligentemente, permite que esses versos insinuem, sem revelar completamente
por que eles estão em conflito, com o que ela está “consumida” ou o que “está
acontecendo”. A ambiguidade permite que os ouvintes preencham as lacunas. Em um
verso posterior, Jackson descreve um casal que está, desesperadamente,
tentando, mas falhando, em se comunicar.
Ele
trabalha dia e noite, pensando que ele a fará feliz
Esquecendo-se
de todos os sonhos que ele tinha
E
não percebe que não é o fim do mundo
Isso
não deveria ser tão ruim
Ela
tenta explicar: “É você quem me faz feliz”
O
que seja, o que seja, o seja
O
verso final de aparente indiferença (“O que seja, o que seja, o que seja”),
paradoxalmente, leva ao refrão (“O que quer que aconteça, não saia da minha
mão”), transmitindo uma incerteza sobre a promessa que eles fizeram um ao
outro. Na outro, Jackson continua a
implorar, desesperadamente, mas não encontra solução.
A
música retorna o ouvinte à dor íntima e isolação de “Don’t Walk Away”. Como a
tensão ainda ligeiramente no ar, ela cria, perfeitamente, o palco para a
declaração final do álbum.
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