12
HEARTBREAKER
(Escrita e composta por Michael
Jackson, Rodney Jerkins, Fred Jerkins III, LaShawn Daniels, Mischke e Norman Greg.
Produzida por Michael Jackon e Rodney Jerkins. Programação musical por Michael
Jackson e Rodney Jerkins. Gravada por Bruce Swedien e Stuart Brawley e Fabian
Marasciullo. Rap gravado por Bob Brawn. Mixada por Bruce Swedien, Rodeny
Jerkins e Stuart Brawley. Vocal guia: Michael Jackson. Rap performando por Fats.
Vocais backgorunds: Michael Jackson, Mischke, LaShawn Daniels e Nora Payne)
Com as batidas e sons
dela, que ricocheteiam amplamente, “Heartbreaker” soa como o trabalho de um
cientista louco no estúdio. Rober Hilburn, do Los Angeles Times, descreveu-a como uma “maravilha sonora”, que
leva o artista para dentro de “desafiador território novo”. Mesmo Jon Pareles
do, New Your Times, notoriamente crítico de Jackson, reconhecia a “percussão
genial” dele em faixa rítmicas como “Heartbreaker”: “[Ele] começa o canto dele
com grunhidos, suspiros e gritos... contra uma faixa rítmica de barulhos
eletrônicos que trepidam e crepitam como alegres buzinas de caminhão em uma
rodovia”.
Como
com os álbuns anteriores, essa inovação sonora foi ativamente empurrada por
Jackson. “Um monte de sons no álbum não são sons de teclado”, ele explicou, “[eles]
são, você sabe, basicamente, programados dentro de máquinas. Nós saímos e
fazemos nosso próprio som. Nós damos tapas em coisas, nós batemos em coisas,
portanto, ninguém pode duplicar o que fizemos. Nós as fizemos com nossas
próprias mãos, nós descobrimos coisa e nós criamos coisas. E isso é a cosia
mais importante, para ser pioneiro. Ser um inovador”.
“Heartbreaker”
é um claro exemplo dessa inovação, mixando techno,
pop, hip-hop e funk (ela,
também, apresenta o renomado beatboxing de
Jackson) para alcançar algo que os “ouvidos não têm escutado”. NME a descreveu como “um groove ativo, percussivo, com um refrão
compulsivo repetitivo, mas um clássico altivo [Jackson] de meados dos anos
oitenta”.
Liricamente,
“Heartbreaker” continua uma bem estabelecida alegria de Jackson. É uma música
de sedução e amor rejeitado. “Ela fala os versos que podem controlar minha
mente”, ele canta. É uma obsessão temática que começou como “Heartbrek Hotel” e
continua em faixas como “Billie Jean”, “Dirty Dina” e “Dangerous”. Para Jackson
há uma perpétua desconfiança, até mesmo medo, de certo tipo de mulher (ou, pelo
menos, o que ela representa). Há, também, é claro, a persistente tentação e
fascinação.
Jackson
se sai melhor construindo tensão e pintando uma história em anteriores faixas
de sedução. As realizações de “Heartbreaker” residem, principalmente, na
inventividade sonora dela. “Eu encontro beleza extraordinária em músicas [tão]
rápidas”, escreveu Frank Cogan, do Village
Voice. “Ele e Rodney Jerkins... puxa em fuzzes
e buzinas e zumbidos – agudeza do techno
– ressonâncias truncadas, pequenas notas de baixo, grasnido... Eu não sei se é
uma beleza com a qual irei me importar. A beleza em álbuns anteriores de
Michael Jackson me encontrou. Mas
algumas vezes, isso leva tempo: eu levei meses em Bad antes de eu, de repente, sentir isso, quando ele canta: ‘Ele
entrou no apartamento dela/Ele deixou duas manchas de sangue no carpete’ –, mas
uma vez que eu senti, muito do álbum pareceu hábil, perspicaz e triste.”
Nota
da tradutora:
Fuzzes,
ou fuzz, são pedais usados na produção de
sons.
0 comentários:
Postar um comentário