Menu

sábado, 27 de outubro de 2012

Capítulo 7 - Invincible: " Heartbreaker"




12                HEARTBREAKER

(Escrita e composta por Michael Jackson, Rodney Jerkins, Fred Jerkins III, LaShawn Daniels, Mischke e Norman Greg. Produzida por Michael Jackon e Rodney Jerkins. Programação musical por Michael Jackson e Rodney Jerkins. Gravada por Bruce Swedien e Stuart Brawley e Fabian Marasciullo. Rap gravado por Bob Brawn. Mixada por Bruce Swedien, Rodeny Jerkins e Stuart Brawley. Vocal guia: Michael Jackson. Rap performando por Fats. Vocais backgorunds: Michael Jackson, Mischke, LaShawn Daniels e Nora Payne)
 

Com as batidas e sons dela, que ricocheteiam amplamente, “Heartbreaker” soa como o trabalho de um cientista louco no estúdio. Rober Hilburn, do Los Angeles Times, descreveu-a como uma “maravilha sonora”, que leva o artista para dentro de “desafiador território novo”. Mesmo Jon Pareles do, New Your Times, notoriamente crítico de Jackson, reconhecia a “percussão genial” dele em faixa rítmicas como “Heartbreaker”: “[Ele] começa o canto dele com grunhidos, suspiros e gritos... contra uma faixa rítmica de barulhos eletrônicos que trepidam e crepitam como alegres buzinas de caminhão em uma rodovia”.

Como com os álbuns anteriores, essa inovação sonora foi ativamente empurrada por Jackson. “Um monte de sons no álbum não são sons de teclado”, ele explicou, “[eles] são, você sabe, basicamente, programados dentro de máquinas. Nós saímos e fazemos nosso próprio som. Nós damos tapas em coisas, nós batemos em coisas, portanto, ninguém pode duplicar o que fizemos. Nós as fizemos com nossas próprias mãos, nós descobrimos coisa e nós criamos coisas. E isso é a cosia mais importante, para ser pioneiro. Ser um inovador”.

“Heartbreaker” é um claro exemplo dessa inovação, mixando techno, pop, hip-hop e funk (ela, também, apresenta o renomado beatboxing de Jackson) para alcançar algo que os “ouvidos não têm escutado”. NME a descreveu como “um groove ativo, percussivo, com um refrão compulsivo repetitivo, mas um clássico altivo [Jackson] de meados dos anos oitenta”.

Liricamente, “Heartbreaker” continua uma bem estabelecida alegria de Jackson. É uma música de sedução e amor rejeitado. “Ela fala os versos que podem controlar minha mente”, ele canta. É uma obsessão temática que começou como “Heartbrek Hotel” e continua em faixas como “Billie Jean”, “Dirty Dina” e “Dangerous”. Para Jackson há uma perpétua desconfiança, até mesmo medo, de certo tipo de mulher (ou, pelo menos, o que ela representa). Há, também, é claro, a persistente tentação e fascinação.

Jackson se sai melhor construindo tensão e pintando uma história em anteriores faixas de sedução. As realizações de “Heartbreaker” residem, principalmente, na inventividade sonora dela. “Eu encontro beleza extraordinária em músicas [tão] rápidas”, escreveu Frank Cogan, do Village Voice. “Ele e Rodney Jerkins... puxa em fuzzes e buzinas e zumbidos – agudeza do techno – ressonâncias truncadas, pequenas notas de baixo, grasnido... Eu não sei se é uma beleza com a qual irei me importar. A beleza em álbuns anteriores de Michael Jackson me encontrou. Mas algumas vezes, isso leva tempo: eu levei meses em Bad antes de eu, de repente, sentir isso, quando ele canta: ‘Ele entrou no apartamento dela/Ele deixou duas manchas de sangue no carpete’ –, mas uma vez que eu senti, muito do álbum pareceu hábil, perspicaz e triste.”

 

Nota da tradutora:

Fuzzes, ou fuzz, são pedais usados na produção de sons.
 

0 comentários:

Postar um comentário