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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Os ídolos de Michael

Os ídolos de Michael

Michael Jackson nunca escondeu a admiração que tinha por artistas como James Brown, Jackie Wilson, Fred Astaire e Bob Fosse. Os quatro artistas o inspiraram a criar os passos e coreografias que são bem conhecidas por nós e também algumas das obras mais legais dele. Portanto, creio que seja justo lembrar e homenagear esses artistas que foram de certa forma “professores” de nosso amado ídolo e que também nutriam admiração por ele.
Vamos começar com Astaire:



Fred Astaire, nome artístico de Frederick Austerlitz (Omaha, 10 de Maio de 1899Los Angeles, 22 de Junho de 1987) foi um ator e dançarino americano de origem judaica. Era filho de Frederic e Ann Austerlitz, ele austríaco (chegou aos EUA em 1892) e ela descendente de alemães, nascida nos EUA.

Astaire fez sua primeira apresentação no palco aos cinco anos com a irmã Adele, que o acompanhava em revistas musicais nos anos 1920, em Londres. Estreou no cinema em 1915, fazendo uma pequena ponta e em 1933 apareceu ao lado de Joan Crawford em Dancing lady. Nesse mesmo ano atuou no primeiro de uma série de dez filmes ao lado de Ginger Rogers. Os dois formavam uma parceria impecável (Ele dava classe a ela, ela dava sex-appeal a ele, explicou certa vez um diretor de estúdio). Hollywood tinha razão ao lhe conferir um Oscar especial em 1949, por sua contribuição à técnica dos musicais no cinema. Ginger Rogers, claro, foi quem lhe entregou o prêmio.
Fred e Adele Astaire em 1921.


Em 1933 casou-se com Phyllis Potter, que morreu em 1954 com quem teve dois filhos, Fred e Ava. Ele deixou de ser dançarino em 1968 para passar a interpretar papéis dramáticos. Fora dos estúdios não gostava de dançar e dizia que as danças de salão o entediavam. Grande fã de corrida de cavalos,voltou a se casar em 1980 com a jóquei Robbin Smith, 35 anos mais nova que ele.
O arquiteto americano Frank O. Gehry projetou um edifício em Praga, República Tcheca, em homenagem ao casal Fred & Ginger. O edifício toma a forma do casal e parece mostrá-los em plena dança.
Faleceu em 22 de junho de 1987. Encontra-se sepultado em Oakwood Memorial Park, Chatsworth, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos
Antes de Fred Astaire estrear no cinema, os dançarinos apareciam nos filmes apenas "em partes": os pés, as cabeças e os torsos eram compostos na sala de edição. Astaire, por sua vez, exigia ser filmado de corpo inteiro. Para isso eram necessários longos ensaios - certa vez chegou a três meses com dez horas diárias de trabalho, com repetições feitas passo a passo e movimentos de câmara acompanhando a coreografia. Em seus filmes, Astaire conseguiu dar nova emoção a dança, fosse ela banal ou repleta de tragicidade. Sua interpretação enriquecia-se pelo que James Cagney chamava de "o toque do vagabundo". Sempre trajado a rigor, seu charme tornou-se lendário.
Michael aprendeu muito com Astaire, eu diria até que ele “absorveu”, muitas das características do dançarino, como o perfeccionismo, o charme, o jeito cativante de interpretar.
Os passos de dança criados por Astaire estão presentes na coreografia de Michael e o próprio Astaire reconhecia e gostava disso, como ele próprio disse. Afinal, ele se tornou fã do garoto que o considerava um gênio da dança.
No dia seguinte ao desempenho de Michael no Motown 25 Aniversary, em que, pela primeira vez, apresentou a coreografia de Billie Jean, Astaire ligou para parabenizá-lo e disse:
“Eu não consigo para de assistir. Você realmente colocou aquela gente para mexer. Que dançarino infernal você é. Eu também sou assim.”
O pobre Michael ficou tão emocionado que passou mal.



Em 1978, Michael Jackson fez uma versão de Put on the Ritz, uma clássica apresentação de Fred.
Veja a atuação de Astaire:
E Michael:
O musical também inspirou outras apresentações de Michael:

Em 1951, no filme Royal Wedding, Astaire dançou no teto. No curta-metragem Ghosts, Michael homenageou o ídolo com uma dança muito divertida em que os fantasmas subiram pelas paredes e dançaram no teto da mansão.
Mas, talvez, a maior inspiração tenha sido o filme de Astaire, Band Wagon.
Nesse filme Astaire interpreta um detetive charmoso que tenta desvendar um crime a partir de três pistas deixadas por um bandido que sumiu depois de uma explosão que o deixou envolto pela fumaça. As três pistas eram um pedaço de tecido com padrão pelo de onça, um osso e um chumaço de cabelo, que, aparentemente, era de uma peruca. Fred tentou ajudar uma jovem que fugia desse bandido. Ele sentiu ternura pela menina e queria protegê-la, mas no transcorrer do filme, ele se apaixonou por uma mulher perigosa.
São evidentes os elementos do filme que inspiraram as obras de Michael Jackson, Smooth Criminal, Dangerous e Rock My World.
Para Smooth, Michael se inspirou nas roupas de Fred, a atmosfera de mistério, o bar, a coreografia, as mulheres, ora indefesas e em perigo, ora perigosas e sedutoras.

Mas assista ao trecho do filme Band Wagon novamente e veja que em aproximadamente 4:00 Fred diz sobre a mulher:
She came to me in sections. She was Bad. She Was Dangerous…” Ele voltará a dizer isso no fim do filme.
Agora, você se lembra de ter escutado isso antes? Não? Então veja uma performance de Dangerous, de Michael Jackson. E preste atenção ao que ele diz em 4: 35:

O filme também inspirou o clipe You Rock My World, obviamente.

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