Black or White: Plano de Fundo - Black or White E Orgulho
Uma amiga e eu estávamos tendo uma conversa sobre Michael Jackson e a
vida de trabalho dele, música, letras, e o curta-metragem de Black or White
entraram na discussão. Nós dois crescemos na década de sessenta e nosso diálogo
cobria a maior parte das questões relevantes e a discussão se prolongou por
horas. Eu trouxe a equivalente "Ebony and Ivory" de Stevie Wonder.
Ela lembrou-se. Falamos sobre As Panteras Negras, Abbey Hoffman, reverendos Al
Sharpton e Jesse Jackson e da infância de Michael durante os turbulentos
movimentos pelos direitos civis. Falamos dos motins em Chicago, o Vietnam e o
Movimento Paz e os filhos das flores. Lembro-me daqueles dias com uma
melancolia que eu não sou capaz de explicar em palavras. É um sentimento. Eu
gostaria de poder compartilhar com vocês, não é possível.
Em algum momento o telefone esquentou na minha mão, quando eu percebi que
minha amiga tinha acabado de passar por algumas críticas frescas e ainda ressentes
para falar sobre a história dentro da obra de Michael Jackson. Sua
explosão tinha levantado as feias questões do racismo e culpa branca. E embora ela pudesse falar comigo sobre isso, ela estava muito cansada
para abordálas da maneira como eu havia sugerido anteriormente: como
escrevê-lo, dando aulas ou um podcast onde nós, negros e brancos, poderíamos
discutir questões raciais e como elas afetaram nosso crescimento. Quando eu
trouxe isso mais uma vez, sua voz falhou e ficou suave, quando ela disse:
"Eu não posso. Eu vivi isso e eu paguei minhas dívidas. Eu não posso
pagá-las novamente." Havia tal renúncia completa e absoluta em sua voz,
como cansaço mórbido! Eu entendi. Mas parte de mim ficou muito irritado quando
as lágrimas em minha garganta picaram silenciosas e tristes.
Minha amiga tem um pedaço rico
da história que nunca pode ser compartilhado. Você vê, ela é negra. Afro-americana.
Negra. E ela tem
sido muitas destas outras coisas
que as pessoas dizempara diferenciar
um tom da cor da pele, algumas delas grosseiras. Ela não pode dizer-lhe as histórias, porque quando ela traz à tona alguns
assuntos, dizem que ela está
remoendo um passado que é irrelevante agora, ou que ela tem um motivo secreto por trás de suas palavras. Então você começa a aula de história aqui, aceitem-me e permitam que a garota branca
conte...
Eu vivi o mesmo passado e minhas histórias, também, poderiam fazer seu cabelo ficar arrepiado, e há
um cansaço agora, quando os dias são revisitados. É difícil descrever, mas é como a fadiga dos doadores. Quando as pessoas dão e dão até que estejam vazias e ainda elas sabem que é preciso mais, mas estão
completamente esgotadas e não apenas de dinheiro, mas
energia. Já esteve lá.
Algumas crianças nascem com uma sensibilidade e com um senso inato de
justiça e de certo e errado. Eu
era esse tipo de criança, Michael Jackson
era esse tipo de criança e minha filha
é uma delas. Elas sabem quando algo está profundamente ofensivo para
o ser humano, porque o radar interno sinaliza um alarme. Injustiças podem ser sutis como a "dirigindo enquanto
preto" (DWB em vez de
DWI) isso significa que vocês são mais propensos a ser parados e multados por um oficial de polícia, especialmente se você estiver
dirigindo um carro de luxo ou
carros esportivos. Os oficiais que
esteretipam, veem uma pessoa negra em
um carro que não combinam com eles
e imediatamente assumem que eles são criminosos. E é pior
quando isso acontece em um bairro
de maioria branca e rica. É chamado racial profiling. Não foi tão sutil na época
e o "politicamente correto" não existia. O racismo e o
sexismo não eram enrustidos,
naquela época.
Durante os anos sessenta e setenta, a
discriminação racial era tão comum que não havia nenhum nome para ela, porque não foi considerada fora do comum. Isto é, até os negros começaram a apontar
isso. Não estava limitado a dirigir - era tão penetrante que era como "estar... enquanto o preto." Cor da pele era notada. As distinções eram feitas até mesmo entre
“negros de pele clara” e eles eram mais aceitáveis que
seus irmãos mais escuros. Casais inter-raciais foram perseguidos e
casamentos mistos foram desaprovados.
"To sir with Love", um filme lançado
em 1967, com Sidney Poitier,
ajudou a amenizar o estigma.
Eu nunca tive que mr preocupar sobre o "ser enquanto preto" ou
tentar me tornar inofensiva ou invisível, ou a continuar tentando afundar minha
justificãel fúri de célula DNA, como uma bola de praia debaixo da água. Eu não
tenho que manter meu radar em estado de alerta ou digitalizar meu ambiente em
perpétuo movimento para sentir a vibe de segurança e testar se eu era muito
suspeita ou se apenas estar sozinha me colocava em perigo. Posso dizer-lhe
histórias de racismo de ambos os lados: preto e branco. E vermelho. Minha parcial
herança nativoamericana é a prova de que meus antepassados igualmente foram transformados
em não humanos e chamados selvagens, que é tão doloroso como a Nova-palavra.
Mas eu posso passar por completamente branca, porque eu pareço anglo*. Meu
filho, quando estava mais jovem e bronzeado no verão era chamado de
"índio" ou às vezes "chefe".
Então eu entendo a fadiga transversal da minha amiga. Vivi isso também,
mas não da mesma maneira. É difícil compreender preconceito a menos que você já
andou nesses sapatos, ou no meu caso, a menina branca com mocassins. A
intolerância mostrada a minha amaiga por uma martenal, arquetipa sabedoria é
uma afronta que simplesmente não pode suportar. Precisamos reconhecer e
homenagear todos aqueles que vieram antes. Lembre-se do tributo de Michael para
Sammy Davis Junior? Foi uma homenagem a pavimentação do caminho que ele fez
para que Michael pudesse seguir. E Michael abriu o caminho para que outros
possam seguir.
O passado e a parte de Michael Jackson nisso, a contribuição dele para o
presente e o impacto sobre o futuro, não deve ser subestimados ou dispensados.
Não por mim, e agora não por você. Nem tornar-se á irrelevanteem minha
oservação, em razão da ignorância, em que o gritante vácuo de conhecimento
esmagou o espírito de minha amiga. A vida de Jackson e como ele a viveu, como
ele e sua vida foram moldadas pela época em que ele e nós vivemos, e como essa
influência ajudou a moldar o futuro é muito relevante para a compreensão de Michael,
o homem. É também uma peça essencial de como estética de Michael informa o
trabalho dele.
O contexto histórico da obra e estética de Michael Jackson é tudo. O
incidente Rodney King, em Los Angeles, que ganhou as manchetes ao redor do mundo
e causou revoltas e tensões raciais,
ocorreu em março de 1991. Black or White de Michael Jackson com seu óbvio
comentário silencioso foi lançado em novembro do mesmo ano. É importante
lembrar isso. Rodney King foi um momento
seminal na história negra. Afro-americanos vinham reclamando há muito tempo
sobre a discriminação racial e a brutalidade policial e isso era sumariamente
desprezado e risulurizado. Durante o incidente de Rodney King, um cinegrafista
secreto gravou um grupo de policiais brancos severamente batendo em um homem
negro, que não ofereceu nenhuma resistência, levando-o para o hospital. Esses
oficiais, quando julgados em um tribunal em Los Angeles, foram absolvidos,
provocando as revoltas em Los Angeles.
Os fãs mais jovens ou os recém-chegados ao partido MJ pode apreciar o
trabalho de Michael Jackson, quando a coragem dele, ousadia e a profundidade do
amor dele pela humanidade é completamente compreendida. Foi a discrição dele
que o salvou muito, porque o racismo exposto era politicamente incorreto, foi a
ousadia dele e os gritos silenciosos que fizeram dele um alvo para aqueles que
despertaram para o que ele estava fazendo.
Para colocar um pouco de perspectiva sobre os tempos: A guerra do
Vietnan estava em andamento e Kent State estava fresco na memória coletiva. Em
Kent State, estudantes universitários em protesto, tinham sido baleados e mortos
pela Guarda Nacional, um incidente que opôs uma geração de jovens idealistas
contra seu próprio governo. John Lennon estava na lista de “observação” do FBI,
por ser um pacifista e “encrenqueiro”. Houve uma tentativa de deportá-lo e baní-lo
dos Estados Unidos. Michael estava em listas que nunca puemos ouvir falar e
nunca conhecems.
Michael Jackson foi um ativista dos direitos civis. Um combatente da
liberdade. Michael, o Jackson Five e a família Jackson cresceram em tempos conturbados
e racialmente carregados. Preconceito era proeminente e permanente e o negro
(significa a raça coletiva) era um cidadão de segunda classe. Grande parte do
sul ainda era segregada, quando Michael nasceu. Negros tiveram que criar as
próprias escolas, bairros, locais públicos, e até mesmo salas de repouso. As
portas de banheiros convidavam os "de cor" para instalações separadas
e, frequentemente, de padrão inferior. Artistas negros como Sammy Davis Junior,
Little Richard, Louis Armstrong e outros foram tolerados e um pouco mais
aceitáveis por causa de seu talento, mas muitas vezes tinham que vir através
das cozinhas e garagens de bons hotéis e locais públicos, porque a porta da
frente estava fora dos limites dos “de cor".
Você pode lembrar-se de ter ouvido que a MTV se recusou a transmitir
videos musicais de Michael Jackson, simplesmente porque ele era afro-americano.
Michael, sozinho, rompeu essa barreira e eu me pergunto se isso estava por trás
da pergunta que ele fez, quando ele ganhou seu segundo Grammy: "Vocês podem
me ouvir agora?" Isso pode ter sido feito para os negros na platéia tanto
quanto para a indústria da música em si. E o trabalho de Michael foi ousado.
Depois de "Thriller", Michael fez "Bad" para ser relevante
e dar aos afro-americanos a mensagem de que eles podem e devem ir para a
faculdade e que sendo durão em formação, era relevante para eles também. E em
Black or White, Michael não apenas aborda o preconceito na América, mas em todo
o mundo.
Black or White é um vídeo que está
repleto de imagens simbólicas e
mensagens escondidas. O vídeo Ghosts tem uma referência surpreendente para a Klan**, com suas tochas em chamas e multidões em
marcha, mas é mais sutil. Black
or White levou-a à vista e em uma Technicolor viva. Foi Michael Jackson
comseu rosto que ilustra desafio contra o a realidade de ser negro
na América – auquele que foi alvo de violência
nas mãos de quem queria
que você "conheça o seu lugar"
na hierarquia social. Como um negro você compreendeu
que você era considerado um fundo alimentador. Qualquer
coisa e qualquer um que elevou a
raça, provavelmente se tornou um
alvo. Servia ao ego, ao preconceito e a economia, que os negros permanecem cidadãos
de segunda classe. A supremacia branca não era apenas uma ideia, era uma realidade. A estética e trabalho de Michael Jackson ajudaram a mudar as mentes e os corações de uma geração, mas não sem conflito. Ele era ao mesmo tempo amado
e odiado, ele recebeu tanto elogios
afetuosos quanto ameaças de morte.
E Michael absolutamente
entendia que, a fim de insentivar o seu
púlpito para a mudança social,
ele precisava ficar em destaque e ser controverso para manter sua relevância. Sua coragem na música como uma mensagem é incomparável.
Os tempos
em que Michael cresceu estavam
maduros para a entrada dela na cena da juventude. Era hora de mudança. A partir
dos anos 1940 até os protestos da década de 1960, entretenimento tinha
apresentado personagens como: Little Black Sambo, Bosko e Inki, que
solidificaram os estereótipos de negros nas mentes dos espectadores. Hollywood prescreveu
e perpetuou o estereótipo dos negros como sendo não humanos, apresentando
artistas afro-americanos na caricatura dos desenhos animados. Pessoas como Cab
Calloway, "Fats" Waller, Louis Armstrong, Ethel Waters, Bill "Bo
Jangles" Robinson serviram como arquétipos para uma série de animais (sim,
animais) e pessoas em longas de animação. Esta representação tedenciosa dos
negros serviu para reforçar a natureza animal e primitiva (por causa da
afinidade natural para a dança e ritmos) dos negros. Eles eram considerados
tribais e inferiores.
Até a década de 1960, os negros eram submetidos ao ridículo e
estereótipos era a norma cultural. O Partido Pantera Negra foi um movimento
político revolucionário que começou em 1966 e durou até 1975. Expandiu-se para
uma revolução social e cultural com os símbolos contemporâneos, como o punho
fechado. O penteado "afro” se tornou um símbolo de orgulho da iniciativa
afro-americana iniciada pelos Panteras Negras e pontuada por James Brown em
"Eu sou preto e tenho orgulho", lançado em 1968. Michael declarou
publicamente sua fidelidade a James Brown, como o artista que mais o
influenciou.
Kid Power’s theme and
premise was that multiracial and multicultural kids who worked together
collectively had the power to change the world socially and politically. The
idea of Kid Power reflected concepts of participatory democracy and bottom-up
social movements of the 1960s and 1970s that emphasized ideals like: Black
Power, Brown Power, Red Power, Woman Power, and Power to the People. The
series’ theme song “Kid Power… Red, Yellow, Black, and White…White, Yellow,
Black, and Red… in other words, “It’s up to Kid Power …”
Em uma progressão de programas de televisão, o estereótipo arraigado foi
difundido ao longo do tempo. Programas infantir de vanguarda, com o squais
Michael cresceu, incluíam Josie e as Gatinhas, o Harlem Globetrotters e a série
Powr Kid, que contava com um grupo cultural diversificada de onze crianças. O
tema de Powe Kid era que as crianças multirraciais e multiculturais que trabalhavam
juntas coletivamente tinham o poder de mudar o mundo, social e politicamente. A
ideia do Poer Kid reflete conceitos de democracia participativa e pioneiros movimentos
sociais dos anos 1960 e 1970, que enfatizavam ideais como: Black Power, Brown Brown,
Red Power, Women Power e Power to the People. A canção tema da série “Power Kid...
vermelho, amarelo, preto e branco... branco, amarelo, preto e vermelho... em
outras palavras, este é o Power Kid.”
Michael viu e cresceu com o programa Power Kid e a mensagem cultural.
Michael realmente acreditava que o poder de mudar o mundo encontra-se em
silêncio e inexplorado dentro de crianças. A mensagem e infuència Power Kid
explicam a fidelidade dele, carinho e atenção às crianças. Ele acreditava na
juventude. E foi em um momento único que Michael Jackson teceu sua mágica na
tapeçaria social de sua vida e nossa história. Quem foi Michael, e como ele
contribuiu para os direitos civis no tecido social e cultural era relevante,
portnato, e merece ser comemorado hoje. Enquanto o Dr. King disse em palavras e
ações, Michael Jackson disse na música, letras e imagens dos filmes. Michael
Jackson, como Martin Luther King antes dele, era um combatente da liberdade,
prolífico e expressivo.
(C) B. Kaufmann 2010
*Anglo saxônica
**Ku Klux Klan
Parte 3: http://themaninthemusic.blogspot.com.br/2012/04/black-or-white-um-pouco-mais-de.html
Parte 3: http://themaninthemusic.blogspot.com.br/2012/04/black-or-white-um-pouco-mais-de.html
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